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PRAGAS E DOENÇAS DO CHUCHUZEIRO
PRAGAS E DOENÇAS DO CHUCHUZEIRO


PRAGAS E DOENÇAS


     Em geral, o chuchuzeiro é pouco afetado por doenças. Entretanto, já se observaram que certas doenças, conhecidas em outras espécies de cucurbitáceas, têm causado prejuízo à cultura, algumas levando os chuchuzais à parada brusca de produção. Já foram relatados 129 agentes causais causando doenças em chuchu.

 

Pragas: 


Grilo: destroe folhas e caules novos.
Broca: penetra no caule destruindo a planta; indica-se cortar ramas atacadas e queimá-las.
Lagartas: alimentam-se das folhas.
Pulgões: sugam a parte inferior das folhas.
Vaquinhas verde: besourinhos que perfuram as folhas destruindo-as.

Nematoides e ácaros também atacam o chuchuzeiro.
Grilos, lagartas, vaquinhas podem ser controlados com carbaryl 85 M ou triclorfom 50 S. Pulgões podem ser controlados com paratiom ou malatiom.


Doenças: 


ANTRACNOSE


Antracnose: causa manchas escurecidas nos bordos das folhas, com secagem posterior. Alta umidade é favorável a doença.

 

      A antracnose é a doença fúngica mais frequente e com maior potencial destrutivo, causada pelo fungo Colletotrichum lagenarium (sin: C. orbiculare e 
C. gloeosporioides f.sp. cucurbitae).
Pode incidir sobre todos os órgãos aéreos da planta, mas é nas folhas e nos frutos que provoca os maiores danos. Nas folhas ocorre a formação de lesões inicialmente encharcadas que evoluem rapidamente para necróticas, circulares, de cor parda e centro mais claro, que normalmente se rompe com o desenvolvimento da doença. Ao aumentarem de tamanho as manchas podem coalescer, destruindo grande parte do limbo foliar. Nos frutos as lesões são elípticas e deprimidas e inviabilizam a sua comercialização. É
muito comum o surgimento dos sintomas em póscolheita, a partir de frutos colhidos aparentemente sadios. Nas hastes e pecíolos, as lesões são elípticas,
deprimidas e de coloração cinza a parda.
      O fungo produz frutificações denominadas acérvulos, com ou sem setas, conidióforos simples e alongados, além de conídios (esporos) hialinos e unicelulares que, quanto ao formato, podem ser cilíndricos, clavados ou semicurvos. A liberação dos
conídios ocorre sob condição de elevada umidade, com a formação de uma massa rósea sobre as lesões. C. lagenarium pode sobreviver em restos de cultura
por até dois anos, na ausência de hospedeiros ou parasitando Cucurbitaceas cultivadas ou selvagens que servirão de inóculo inicial para os novos cultivos. Os conídios são disseminados pelos respingos de água de chuva e irrigação, insetos, ferramentas e
equipamentos agrícolas. Condições de alta umidade e temperatura entre 21 e 27º C são favoráveis ao desenvolvimento da doença.


IMAGEM DE ANTRACNOSE NA FOLHA DO CHUCHUZEIRO


ANTRACNOSE

 

 

 

OÍDIO


Oídio: manchas pulverulentas de cor esbranquiçada notadamente na face inferior das folhas (tempo seco favorece a doença).

O oídio é uma importante doença das Cucurbitaceas cultivadas e selvagens, em todas as regiões do mundo. Causada pelo fungo Oidium sp., a doença caracteriza-se pela formação de uma massa pulverulenta branca em ambas as faces das folhas, constituída de micélio, conidióforos e conídios do agente causal. Nas condições brasileiras, trabalhos
recentes apontam Podosphaera xanthii (Sphaerotheca fuliginea) como o teleomorfo de Oidium sp. Os sintomas iniciais ocupam pequenas áreas das folhas, podendo tomar toda a extensão do tecido com a coalescência das manchas. Com o tempo o tecido afetado torna-se amarelecido, podendo secar. Ataques severos podem provocar desfolha
intensa da planta. Num estádio avançado, as áreas afetadas apresentam pequenos pontos escuros que correspondem a picnídios do fungo Ampelomyces quisqualis, um hiperparasita de Oidium sp. O fungo é um ectoparasita obrigatório cujo micélio cresce na superfície do hospedeiro, produzindo conídios em forma de barril, unicelulares, hialinos, catenulados(em cadeia), sobre conidióforos curtos e não ramificados.

A doença desenvolve-se, preferencialmente, em tempo seco, conseguindo alastrar-se mesmo com baixa umidade relativa do ar e temperatura amena. Os conídios são facilmente disseminados pelo vento e podem germinar mesmo em condições de baixa umidade. Chuvas pesadas são prejudiciais ao fungo, pois lavam os conídios e danificam os conidióforos e o micélio. A presença de filme d’água na superfície das plantas impede a germinação dos conídios, embora não tenha tanta importância caso a infecção já tenha se iniciado.



 IMAGENS DE OÍDIO NA FOLHA DE CHUCHU

 

OÍDIO



Mancha zonada

 

      A Mancha Zonada ou Mancha de Leandria é considerada uma das principais doenças do chuchuzeiro na região sudeste, sobretudo no verão e em condições de alta umidade. A doença é causada pelo fungo Leandria momordicae que normalmente ataca folhas e raramente hastes e pecíolos. Os sintomas iniciais surgem nas folhas mais velhas, na forma de pequenos pontos de formato circular a angular, cor amarelada no centro e marrom-alaranjada nas bordas. Essas lesões passam rapidamente a necroses maiores, subdivididas em pequenas áreas angulosas e esbranquiçadas. As manchas podem coalescer, provocando a destruição prematura das folhas e, consequentemente, o enfraquecimento da planta. L. momordicae produz conídios escuros quando maduros, grandes, multilobados, pluricelulares (comseptos transversais e longitudinais), multiformes, subglobosos, simples, em conidióforos hialinos, curtos, em forma de clava, de contorno lobado e não ramificado. O desenvolvimento da doença é favorecido por alta temperatura e alta umidade. Nessas condições grande quantidade de conídios é produzida na face inferior das folhas. A disseminação do fungo é feita pelo vento e pela água de chuva ou irrigação e a germinação dos conídios só ocorre com a presença de água sobre as folhas.


IMAGENS DE MANCHA ZONADA NO CHUCHUZEIRO


MANCHA ZONADA